A sexta feira teria uma programação interessante: de manhã veria
a exposição que estava doida para ver desde o dia que cheguei na cidade: de Stanley Kubrick. No horário do almoço veria um amigo meu que
mora aqui e que não vejo há dois anos. E no fim da tarde encontraria a Nina.
Mas logo de manhã, recebi uma mensagem de meu amigo cancelando
nosso encontro. Uma pena, mas imprevistos acontecem. Então, demorei um pouco
mais para sair e fui direto para a exposição, que pensei que não demoraria mais
de uma hora.
Não conhecia muito bem esse diretor. Minhas experiências com
os filmes Laranja Mecânica e De olhos bem fechados haviam me deixado com uma grande
interrogação na cabeça. Apesar de ser inegável a qualidade dos filmes e o impacto e reflexão que
eles trazem.
Para chegar até o museu precisou de determinação. Já havia
passado várias vezes casualmente pelo local e nunca havia
encontrado de fato o prédio. Perguntei ao Google Maps o trajeto e fui. Chegando lá a surpresa: No começo do ano o museu foi
transferido para o outro lado do rio. Rio? Sim, a parte norte da cidade. Parte
norte? Sim, atrás da estação central. Precisa pegar uma barca para chegar. Pensei: pronto!
Vou demorar o dia inteiro para chegar lá! Pra começo de conversa o mapa acaba
na estação central!
Peguei novamente o bonde e, após atravessar a estação, por
dentro, descubro uma nova cidade praticamente. É um bairro composto
por casinhas e ruas mais largas, muito agradável de se ver. O Film Museum,
agora chamado de Eye Musem é facílimo de encontrar, fica logo às margens do
rio. É um prédio branco moderno. Arquitetura bem interessante. A barca é de
graça e sai a cada 10 minutos. Para minha agradável surpresa.
Quando me falaram
da barca já me imaginei no Rio de Janeiro começando a grande Odisseia que me
levaria ao museu de Niteroi, cuja arquitetura é de Oscar Niemeyer. Lá, após
pegara a barca, que é paga, ainda se anda muito até o museu. E tudo isso no
calor do rio, haja fôlego!
Voltando a Amsterdam, o lugar é incrível, tem 3 salas de
cinema que passam filmes alternativos. Inclusive um dos filmes em cartaz tinha
o nome em português e era falado em português. Havia duas exposições e os
ingressos para cada uma delas era comprado separado. Para ver o Stanley Kubrick o valor para estudantes foi 10.50 euros.
Estava tão ansiosa que pagava até mais, mesmo não esperando muito.
No fim, sai de lá com a seguinte opinião; Kubrick é um gênio! Ele
fez 13 filmes na carreira, todos impecáveis! Grandes sucessos e admirados por
diretor como Woody Allen,Martin Scorsese, Steven Spielberg entre vários outros, cujos elogios
ao diretor estavam gravados em vários documentários que se espalhavam em meio à
galeria. Havia fotos, peças de figurino e de cenário, depoimento de atores e um
bom pedaço de cada filme. Sai de lá 4 horas depois de ter entrado e porque
precisava encontrar a Nina. Minha dica para o final de semana são seus filmes e uma boa lida na biografia de Stanley kubrick! Bom divertimento!!!
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